Paraisópolis é um bairro da cidade de São Paulo, que está localizada no distrito de Vila Andrade, mas pertence à região do Morumbi, na zona sul paulistana. É derivado da favela de Paraisópolis, e tem uma população estimada em 80 mil pessoas. São 20 mil domicílios no bairro.
Em 2005, foi iniciado um processo de urbanização e regularização dos imóveis construídos lá irregularmente, semelhante ao processo que aconteceu na antiga favela de Heliópolis.
Sobre Favela Paraisópolis no Morumbi
O bairro de Paraisópolis originou-se de um loteamento destinado à construção de residências para a classe alta realizado em 1921, resultado da divisão da antiga Fazenda do Morumbi em 2.200 lotes com quadras regulares de 10m x 50m e ruas de 10m de largura. A partir da década de 1950 iniciou-se a ocupação dos terrenos, na época não-habitados e de caráter semi-rural, por famílias de baixa renda, em sua maioria migrantes nordestinos, atraídos pelo emprego na construção civil.
Devido ao descaso público e a dificuldade da regularização dos terrenos, em 1970 já residiam irregularmente 20 mil habitantes. E ao mesmo tempo novos bairros nobres e seus condomínios luxuosos eram criados ao redor das áreas de ocupação, que eram muitas vezes construídos utilizando a mão de obra dos próprios moradores de Paraisópolis.
Houve uma tentativa de remoção da área de ocupação, por meio de uma obra rodoviária, elaborada na gestão de Paulo Maluf, no início da década de 1980. Devido à construção de uma avenida que visava interligar a Avenida Giovanni Gronchi à Marginal Pinheiros, haveria a remoção de uma grande área de habitações de baixa renda, porém a obra foi suspensa, sendo retomada parcialmente em 2012, tornando-se a avenida Hebe Camargo.
No início do século XXI Paraisópolis já era a segunda maior favela em solo paulistano e começaria a receber investimentos públicos. Em 2005, foi iniciado um processo de urbanização e regularização dos imóveis construídos lá irregularmente, semelhante ao processo que aconteceu na antiga favela de Heliópolis.
Há investimentos do poder público (municipal, estadual e federal) em mais de R$ 250 milhões de reais e da iniciativa privada, onde, de acordo com decreto assinado pelo prefeito Gilberto Kassab, donos de imóveis ocupados poderão doar seus antigos terrenos em troca de abatimento de eventuais dívidas com a prefeitura.
Atualidade Comunidade Paraisópolis Morumbi
Pelo poder público, estão sendo realizadas as seguintes ações na Comunidade Paraisópolis, para que a mesma deixe o status de “favela” e passe a ser considerada “bairro”:
• pavimentação;
• obras emergenciais;
• regularização fundiária;
• canalização de córregos;
• abertura de ruas e vielas;
• construção de rede de água e esgoto;
• construção de escadarias hidráulicas;
• construção da avenida perimetral;
• desocupação do leito dos córregos;
• remoção de moradias em área de risco;
• construção de calçadas e sarjetas;
• construção de espaços de lazer e de um parque linear;
• construção de 2.500 unidades habitacionais em convênio com a CDHU.
• No dia 12 de novembro de 2008, a Favela de Paraisópolis recebeu a primeira filial da loja das Casas Bahia em uma favela, com a presença do prefeito Gilberto Kassab.
• Paraisópolis recebeu no dia 13 de dezembro de 2008 o CEU Paraisópolis. São mais de 10 mil m² de área construída, num terreno de 25.400 m², o CEU Paraisópolis tem capacidade para atender 2.800 alunos no início do próximo ano letivo, eliminando o terceiro turno em três Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEFs).
• Em março de 2008 delegações internacionais de Lagos (Nigéria), Ekurhuleni (África do Sul), Cairo (Egito), Manila (Filipinas), Mumbai (Índia), Rio de Janeiro (Brasil), La Paz (Bolívia), Chile, Île-de-France (França) e Gana, visitaram diversas favelas de São Paulo. Paraisópolis foi um dos destaques, devido a sua infraestrutura, sendo muito elogiada pelos urbanistas estrangeiros, os quais chegaram à conclusão de que a favela de Paraisópolis é incomparável a qualquer outra no mundo.