Um segurança foi baleado após uma briga entre dois colegas em uma agência da Caixa no Morumbi, Zona Sul de São Paulo, nesta quarta-feira (21). O autor do disparo, um vigilante de 55 anos, foi preso, segundo a polícia.
De acordo com o delegado Leandro Rocha Pereira, do 26º Distrito Policial, no Sacomã, após discutir com seu supervisor, o vigilante o agrediu. Durante a briga, o homem sacou o revólver e disparou. O tiro, porém, acertou a mão de outro segurança que tentava separar os colegas.
A vítima também teve o peito atingido, mas o colete à prova de balas segurou o projétil. O delegado diz que uma discussão “banal, de questões internas” motivou a briga.
Na noite desta quarta, o supervisor, de 36 anos, foi à delegacia para prestar depoimento. Ele não quis falar sobre o caso.
Em nota, a Caixa afirma que ”está acompanhando as investigações e prestará toda a colaboração às autoridades policiais”.
Fonte: G1
É comum presenciar muitas pessoas julgando e generalizando esse tipo de situação, mas o fato é que o setor de segurança privada, assim como muitos outros não exige e não oferece a capacitação necessária ao profissional, e isso por puro interesse financeiro, pois fazendo isso o custo de formação dos vigilantes seria maior, a grande maioria dos vigilantes na ativa hoje seriam considerados inaptos e o principal: o piso salarial da categoria teria ter um aumento considerável. As empresas hoje, devido a grande demanda colocam por dia no mercado centenas de pessoas despreparadas, considerando-as aptas sendo submetido inclusive por exames medico e psicotécnico, profissionais estes que irão assumir postos de trabalho armados e sob forte pressão psicológica. Nesse triste episódio as empresas não tem seu nome citado, mas empresas como essa consideram apto não só vigilantes despreparados, mas também supervisores que não têm estrutura para desempenhar sua função. Porque não citar o nome da empresa Suporte Segurança, e do supervisor André Cícero Gomes, que na verdade era o alvo do vigilante que cometeu o delito. Quero deixar claro que não há justificativa para esse tipo de atitude, mas a sociedade não deveria ser massa de manobra da mídia, apontando, julgando e permanecendo na passividade. As pessoas mais expostas nesse tipo de situação são na verdade o produto final de uma enorme rede de descaso e interesse político e econômico. A Polícia Federal, as escolas de formação, o sindicato da categoria, como a de São Paulo presidida pelo Sr. Edivan Dias Guarita, e as empresas de segurança devem sim ser responsabilizadas por esse tipo de situação e devem ter seus nomes citados nas manchetes assim como o dos vigilantes envolvidos em situações trágicas como essa, assim, ainda que com a intenção de preservar sua imagem, departamentos responsáveis pela fiscalização sindicato e empresas investiriam na prevenção de tragédias como essa.