Em mais uma etapa das negociações para a realização do evento no estádio do Morumbi, em junho, o UFC convidou ontem o São Paulo para ver de perto a edição carioca, que será realizada sábado. Roberto Natel, vice-presidente social e de esportes amadores, vai representar o clube. É ele quem está negociando o aluguel do estádio desde o início das tratativas. “Vou porque quero ver como é a estrutura”, explica o dirigente, que já passou o preço do aluguel por 15 dias, tempo necessário para montagem e desmontagem dos equipamentos.
Roberto Natel mantém em sigilo os valores que serão cobrados, mas quando recebe um show o São Paulo costuma tirar R$ 1,2 milhão líquido por um período de cerca de dez dias de uso. “Vamos negociar porque é uma data um pouco mais longa que eles precisam”, diz.
Além do aluguel do estádio, o UFC se encarregará de toda a estrutura extra necessária, como a cobertura para o octógono. “Eles querem fazer uma arquibancada lateral na pista de atletismo, de três fileiras de cadeiras. Será provisória, para que o torcedor fique mais perto”, revela. A expectativa é que o público ultrapasse 70 mil pessoas e bata o recorde de 55 mil do UFC 129, no Canadá. “São 67 mil torcedores nas arquibancadas e é possível colocar 15 mil no gramado.”
O dirigente afirma que o clube quer receber a edição paulista do UFC, que terá a final do The Ultimate Fighter, reality show que será exibido pela TV Globo, e o combate entre Vitor Belfort e Wanderlei Silva. “Temos muito interesse que o UFC venha para o Morumbi. Mas precisa ser economicamente viável”, explica.
No Rio, no primeiro dia ele observará como é construído o evento na Arena HSBC. No outro, verá as lutas da noite. “Meu filho gosta. No meu caso, é a primeira vez que vou ver. Preciso ter essa noção para poder sentar e discutir. Queremos que seja um evento de sucesso”, conclui.
Fonte: O Estado de S. Paulo