Após analisar projetos de empresas de vários países, como Holanda, Japão e Estados Unidos, o São Paulo definiu que a alemã GMP também será responsável pela cobertura do Morumbi para a Copa do Mundo.
Embora os arquitetos já desenvolvam a planta e, no cronograma de obras enviado pelo clube à Fifa, o início esteja previsto para dezembro deste ano, o São Paulo ainda estuda adotar uma solução ecológica.
A ideia do Comitê do Morumbi é instalar placas solares na cobertura. O plano é ousado: abastecer toda a energia do estádio dessa forma.
O clube já entrou em contato com uma empresa espanhola que adotou tal prática no Estádio Santiago Bernabéu, do Real Madrid, e acredita na viabilização do plano de energia.
– Madri é a cidade europeia de maior claridade e é suficiente para abastecer o Bernabéu com sobras. São Paulo tem o triplo de luminosidade. Ou seja, haveria muita energia acumulada para o Morumbi mesmo com sequência de dias nublados – afirmou José Francisco Manssur.
A “sobra” no caso do estádio seria utilizada para abastecer a estação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), projetada para estar nas proximidades do Morumbi. De acordo com Manssur, com a economia de energia, o investimento (que pode ter ajuda extra do BNDES pela função ecológica) seria pago em três anos.
O comitê que coordena as obras do Morumbi garante que o estádio já está sendo reformulado para a Copa de 2014 desde o ano passado. Entre 25 de maio e 14 de outubro de 2009, o clube ligou a rede de esgoto do Morumbi com a rede coletora da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
Desde a inauguração do estádio, em 1960, o sistema utilizado não era o “oficial” do estado. Antes da reforma, muitos moradores da região reclamavam os dejetos atirados pelo clube em um córrego próximo à casa são-paulina.
No ano passado, a Sabesp autorizou a obra e deu as coordenadas para que o Tricolor pudesse realizá-la. O custo aos cofres do clube foi de aproximadamente R$ 200 mil. Segundo integrantes do comitê, a consequência mais importante da ligação das redes é a possibilidade de construir mais banheiros no Morumbi.
Fonte: Lancenet