Com elogios ao Mineirão, CBF pressiona Morumbi

Enquanto os comitês das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 correm contra o tempo para apresentar garantias financeiras dos projetos dos estádios, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, encontrou uma nova maneira de pressionar o Morumbi, principal alvo de especulações desde que a realização da competição foi confirmada no Brasil.

Em vez de críticas ao estádio do São Paulo, Teixeira agora opta por elogios rasgados aos demais candidatos a receberem a abertura da Copa. Neste domingo, após as entrevistas coletivas dos jogadores da Seleção Brasileira, o assessor de imprensa da entidade, Rodrigo Paiva, foi questionado sobre o assunto e revelou a satisfação do presidente com o projeto apresentado pelo comitê mineiro, além dos governos estadual e municipal.

– O presidente Ricardo Teixeira me telefonou e pediu que eu tornasse pública a satisfação dele com o que foi apresentado por Belo Horizonte. Realmente houve muitas melhorias, o comitê está fazendo um trabalho muito sério, é um projeto que enche de orgulho o Comitê Organizador da Copa do Mundo – afirmou Paiva.

O assessor reforçou que o Comitê Organizador Local (LOC), e não a CBF, é o responsável pelas decisões a respeito da Copa de 2014. Porém, Ricardo Teixeira é o presidente de ambos e sua relação com o São Paulo piorou muito depois da eleição presidencial do Clube dos 13, quando dirigente e clube apoiaram candidatos diferentes. Desde então, as críticas de Teixeira ao Morumbi aumentaram.



Na semana passada, Belo Horizonte, que já parecia ter desistido da abertura da Copa do Mundo, até mesmo nas palavras do presidente da CBF, voltou a anunciar publicamente sua intenção e aparentemente terá o apoio de Teixeira. Entretanto, Rodrigo Paiva frisou que todos os 12 estádios se encontram na mesma situação do Morumbi: têm até 10 de junho para apresentar garantias de que os projetos elaborados poderão ser financiados.

– Todos foram aprovados e precisam agora mostrar como vão fazer. O Morumbi está aprovado para receber a semifinal, mas precisa apresentar um plano de pagamento. A cidade de São Paulo pode fazer isso, desistir da abetura, apresentar um estádio para as oitavas, dar outra alternativa ou desistir de ser sede da Copa. Há várias opções – completou o assessor de imprensa.

Segundo Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, a infraestrutura é a maior inimiga de Belo Horizonte. O dirigente não se cansa de dizer que há apenas um hotel cinco estrelas na capital mineira.

Fonte: Lancepress





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