O São Paulo enviou nesta segunda-feira ao Comitê Executivo de São Paulo as garantias financeiras referentes às reformas que serão feitas no estádio do Morumbi visando a Copa de 2014. A entrega se deu dentro do prazo de trinta dias determinado pelo Comitê Organizador Local (LOC) da Fifa.
De acordo com os documentos, as obras do projeto irão custar cerca de R$ 265 milhões, como já era esperado. O valor fica bem abaixo da última proposta aprovada pela Fifa, de mais de R$ 630 milhões, e que garantiria a possibilidade de realização da abertura do mundial no Morumbi. Pesou contra este projeto, mais caro, a dificuldade do São Paulo em honrar com as dívidas que seriam assumidas.
O projeto de R$ 265 milhões já foi aprovado pela Fifa, mas somente garantiria ao Morumbi receber partidas até as oitavas de final da Copa do Mundo de 2014. Com a opção pelo projeto mais barato, o clube abriria mão em um primeiro momento de receber não apenas a abertura da competição, como partidas decisivas de quartas e semifinais.
A proposta inclui um novo projeto arquitetônico compatível com as especificações técnicas da Fifa, o orçamento e o plano de viabilidade financeira, que tem quatro investidores e/ou financiadores: a Camargo Corrêa, que se comprometeu a ser a coordenadora do projeto perante ao BNDES; a Visa, que investirá no Morumbi 1/3 do valor da obra, o Banco Rendimento S/A, que será o tomador e repassador do financiamento junto ao BNDES; e a Philips, que fornecerá toda a instalação elétrica.
A escolha da sede da abertura da Copa do Mundo só será decidia pela Fifa em 2011. Com o Morumbi praticamente fora da disputa, crescem as chances de o Mineirão receber a partida inaugural. O São Paulo, porém, aposta que até 2011, quando sairá a decisão dos locais dos jogos, a entidade faça menos exigências para a abertura e opte pelo projeto são-paulino, livre de dinheiro público.
Na semana passada, os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo informaram que a Fifa possivelmente não aceitará a adequação do projeto do Morumbi, com um orçamento mais modesto. Segundo os diários, a entidade encarava a redução de última hora como um blefe do São Paulo Futebol Clube para forçar ajuda financeira de esferas governamentais.
Segue forte, assim, o rumor de que a cidade poderia ganhar mais um estádio: o Piritubão, que até agora não tem pai. Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, já afirmou que não será o clube que assumirá a arena. São Paulo, assim, apostaria na desistência de algum outro comitê (Recife e Natal correm sérios riscos) para ter dois estádios na Copa, com a arena de Pirituba recebendo a abertura.
Fonte: UOL