Enquanto se debate a possibilidade de o Estádio do Morumbi receber partidas da Copa do Mundo de 2014, o São Paulo não perde tempo e segue investindo em seu estádio. Entre a última partida antes da parada para o Mundial até a partida de volta da semifinal da Copa Libertadores, contra o Internacional, o clube pretende investir R$ 25 milhões na arena, cerca de 10% do valor do projeto apresentado a Comitê Organizador Local da Copa-2014.
Deste valor, apenas cerca de 15% do total vêm dos cofres do São Paulo. A maior parte do investimento, porém, sai dos bolsos de parceiros do clube, que seguem confiando no retorno gerado pelo estádio tricolor independente do veto a receber partida da Copa de 2014.
A expectativa do diretor de marketing do São Paulo, Adalberto Baptista, é que contra o Internacional o São Paulo volte a receber um público próximo a 70 mil espectadores. Contra o Cruzeiro, pelas quartas de final da Libertadores, apenas 64,8 mil ingressos foram postos à venda.
Com isso, o clube pode bater o recorde de maior renda da história do futebol brasileiro. Até aqui, a maior marca é do próprio Morumbi, mas de uma partida de seleção brasileira. No jogo contra o Uruguai em 2007, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo da África do Sul, o montante chegou a R$ 4,3 milhões. De acordo com o diretor de marketing do São Paulo, a expectativa mínima é de R$ 4 mi, o que já daria ao clube o recorde de renda em partidas entre clubes, até aqui nas mãos do Fluminense, na final da Libertadores de 2008.
Para atingir uma renda de até R$ 5 milhões, o São Paulo encontra um entrave peculiar. Falta de mão de obra. Para concluir as reformas previstas, o Morumbi precisaria estar com cerca de 70 trabalhadores de construção civil em atividade no estádio. Com a falta de profissionais, as obras seguem em ritmo bem aquém do planejado pela diretoria.
Já na partida contra o Avaí, no dia 14 de julho, na volta do Campeonato Brasileiro, o torcedor tricolor deve encontrar um Morumbi muito diferente daquele que recebeu a vitória do São Paulo sobre o Grêmio em 6 de julho. A mudança mais sensível deve vir no antigo anel inferior vermelho, que, assim como o do lado oposto, está sendo elevado e ampliado. Além disso, um novo setor de deficientes está sendo montado.
O setor térreo vermelho, que recebe investimentos da VISA, terá quatro novos banheiros, de acordo com o diretor de marketing do São Paulo. Outra mudança significativa é a “elevação” das cabines de imprensa para o setor intermediário do estádio. As antigas já foram demolidas e darão lugar a camarotes.
Com as mudanças no antigo setor térreo vermelho, o São Paulo vai modernizar cerca de 3,5 mil lugares, retirando os antigos bancos de madeira maciça e instalando nos seus lugares assentos injetados, mais seguros. Boa parte do setor intermediário, porém, segue com os bancos antigos, usados algumas vezes como arma em brigas de torcedores. Adalberto afirma que o problema está sendo resolvido: “Agora esses bancos estão só na numerada, onde o ingresso é mais caro. Duvido que o público que frenquenta este setor possa usar como instrumento de violência”, afirma.
Antes de enfrentar o Internacional em casa pela Libertadores, no dia 5 de agosto, o São Paulo faz três jogos no Morumbi: contra Avaí (14 de julho), Grêmio Prudente (21 de julho) e Ceará (31 de julho).
Fonte: UOL