O governador de São Paulo, Alberto Godman, afirmou na tarde desta quinta-feira (5) que vai manter as obras de infraestrutura no entorno do estádio do Morumbi, na Zona Sul, mesmo que ele não abrigue a festa de abertura da Copa de 2014. Goldman comentou sobre a construção na região da Linha 17- Ouro do Metrô, que passará pelo bairro do Morumbi e por Congonhas, um dos principais aeroportos do país.
De acordo com ele, para que o edital da obra, orçada em R$ 3 bilhões, seja lançado, o governo federal ainda deve liberar pouco mais de R$ 1 bilhão. Os recursos serão provenientes da Caixa Econômica Federal. “Estamos com o edital pronto e podemos lança-lo no mês que vem se sair este dinheiro”, contou Goldman, durante anúncio de reformas do conjunto desportivo Constâncio Vaz Guimarães, do qual faz parte o Ginásio do Ibirapuera.
O governador voltou a afirmar que não tem intenção de usar a verba pública paulista para a reforma do Morumbi, cujo dono é o São Paulo Futebol Clube. “Legalmente, não podemos colocar dinheiro público em uma propriedade privada. E, mesmo se fosse possível, eu não faria. Não acho de bom senso despender esse dinheiro para um dia, para um momento especial”, afirmou ele, comentando sobre a abertura da Copa.
“Essa rede (a linha Ouro) não vai ser só para a abertura da Copa, mas para todos os dias. Vai beneficiar 300 mil pessoas por dia. Aí vale a pena (investir)”, completou o governador, na cerimônia dentro do Ginásio do Ibirapuera, na Zona Sul. Só com a reforma do Morumbi, Goldman disse que seriam gastos cerca de R$ 600 milhões.
Plano B
Quanto à construção de um novo estádio, o “Piritubão”, na Zona Norte, o governador também afirmou que não está em seus planos financiar a obra. Segundo ele, a Prefeitura está estudando a possibilidade de parcerias com empresas privadas que bancassem o empreendimento, que poderá ter capacidade para realizar a abertura do evento esportivo de 2014.
O impasse em São Paulo acontece porque a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Fifa não aceitaram o projeto de reforma apresentado para o estádio do Morumbi.
O governador também comentou sobre a impossibilidade de mexer no Estádio do Pacaembu, na Zona Oeste, para adequá-lo a uma possível festa de abertura ali. “Temos o Pacaembu, que é um estádio pequeno e é tombado pelo patrimônio histórico. Não temos como adaptá-lo às exigências que a Fifa e a CBF estipulam”, disse.
Fonte: G1