SÃO PAULO – Um casal apontado como um dos principais estelionatários de São Paulo foi preso neste sexta-feira em frente ao Hospital Iguatemi, na Avenida Professor Francisco Morato, na zona oeste. Jairo Lopes Forte, de 43 anos, e Solange de Lima, de 42 anos, moravam no Canpo Limpo. Na casa deles, a polícia encontrou mais de 500 espelhos para fabricação de documentos frios. Centenas de RGs e carteiras de habilitação já finalizadas foi encontrada na casa. Uma mulher tinha foto em oito documentos. Cada um deles tinha um nome diferente. Outra suspeita tinha cinco carteiras de habilitação.
Jorte usava nomes falsos, entre eles Marco Antônio Correia de Paiva, Cidinei José Teixeira e Edison Carlos Ferreira.
– Nesta época do ano os golpes na praça se tornam mais freqüentes. Muitos querem comprar presentes de Natal e Ano Novo e o fazem com documentos, cheques ou cartões falsos – explica o delegado Jorge Carlos Carrasco, titular da 3Delegacia Seccional (Oeste).
O casal de estelionatários foi descoberto pela polícia quando o delegado Anderson Giampaoli, do Setor de Investigações Gerais, prendeu Rosi Pacheco Cabral Baccarin, de 47 anos, que levava vida de rica em um duplex no Morumbi, às custas de golpes que praticava usando outros nomes. Em uma agenda de anotações apreendida com a estelionatária socialite, a polícia encontrou o nome de Jairo e de sua mulher.
Descobriu os telefones dos suspeitos e depois monitorou visitas de Solange ao filho, de 20 anos, que em agosto morreu de ataque cardíaco. “Também conseguimos levantar as placas do carro do casal, um Palio. Quando eles foram ao Hospital Iguatemi para pegar documentação referente à morte do filho, abordamos, na rua”, contou Anderson.
O casal levou a polícia até a Rua Luiz de Oliveira, 260, apartamento 44, no Campo Limpo, Zona Sul. Lá viviam com o filho mais novo, de 13 anos. E também era lá que estavam guardados todos os kits para a “fabricação” de cidadãos falsos. Os policiais também encontraram folhas de cheques do Bradesco e Banco do Brasil em fase de fabricação, uma pistola calibre 380, além de vários cartões bancários, a maioria em nome de mulheres.
Tanto Jairo, quanto Solange eram foragidos. Ele escapou da cadeia de Franco da Rocha onde cumpria pena por roubo. Ela fugiu em agosto de 2007 da cadeia feminina do Butantã. A polícia suspeita de que o casal vendia material a Rosi.