Caminhões do setor de concretagem, transporte de alimentos perecíveis, feiras livres e mudanças estão liberados das restrições aos veículos de carga na Marginal Pinheiros, nas avenidas Jornalista Roberto Marinho e dos Bandeirantes e em nove vias do Morumbi, na Zona Sul de São Paulo. Para poderem circular em período integral nas vias, os caminhoneiros precisarão apenas fazer um cadastro no Departamento de Operações do Sistema Viário (DSV).
A mudança na restrição começou a valer no sábado (25), mas só foi divulgada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) nesta segunda-feira (27). De acordo com a companhia, a decisão foi tomada para garantir o abastecimento na cidade.
Os veículos de carga destes quatro setores poderão circular nas avenidas Giovanni Groncchi, Morumbi, Doutor Luiz Migliano, Doutor Guilherme Dumont Villares, Jacob Salvador Zveibil e João Jorge Saad, ruas Engenheiro Oscar Americano, Padre Lebret e Jules Rimet, além da Marginal Pinheiros e das Avenidas dos Bandeirantes, Afonso D’Escragnole Taunay e Jornalista Roberto Marinho. A única via restrita que não foi contemplada pelas exceções é a Avenida Professor Francisco Morato, que continua proibida.
Segundo a CET, o cadastro dos caminhões valerá por seis meses e deverá ser renovado, a partir de 2011, em conjunto com a Inspeção Veicular Ambiental. O relaxamento nas restrições foi informado em reunião com sindicatos do setor na sexta-feira (24).
Restrições
Os veículos de carga não podem mais circular durante o dia pela Marginal Pinheiros e nas avenidas Jornalista Roberto Marinho e dos Bandeirantes desde o dia 2 de setembro. Nesta segunda, começou a restrição em dez vias do Morumbi – entretanto, os motoristas ainda não estão sendo multados devido à falta de sinalização.
Por causa da restrição, caminhoneiros já realizaram duas manifestações na cidade. Sindicatos do setor já alertavam para o risco de desabastecimento e aumento no preço dos produtos com as restrições.
“Isso vai melhorar um pouco, mas mesmo assim ainda prejudica, a pessoa tem que se adequar e tem um pouco de prejuízo. Quem antes fazia duas viagens hoje só consegue fazer uma, os itinerários ficaram maiores. Com a distância maior, aumenta o gasto com combustível, com manutenção, o tempo, o que encarece o frete. Isso repassa para o produto, e quem paga são os consumidores”, explicou Almir Macedo Pereira , presidente do Sindicato dos Condutores em Transporte Rodoviário de Cargas Próprias de São Paulo.
Fonte: G1