O Morumbi não deverá receber nenhum grande evento para celebrar seu cinquentenário. Ao menos em outubro. O São Paulo, tentou um amistoso contra a seleção uruguaia.
Desde o primeiro semestre, o clube e a federação do país estavam em tratativas. A partida seria realizada na próxima semana, aproveitando as datas reservadas pela Fifa para que as seleções entrassem em campo, mas há cerca de 10 dias a Associação Uruguaia de Futebol (AUF) entrou em contato e vetou o amistoso.
De acordo com dirigentes, o acordo estava bem encaminhado, mas o técnico Oscar Tabárez recusou enfrentar um time, e não uma seleção. A escolha do Uruguai se deve à relação histórica do São Paulo com jogadores do país. Grandes ídolos tricolores eram de lá, como o meia Pedro Rocha e o zagueiro Darío Pereyra.
Mais recentemente, o atual capitão da seleção, Diego Lugano, fez sucesso no Tricolor ao ganhar a Libertadores e o Mundial da Fifa. Sua presença seria o maior trunfo para atrair público à comemoração dos 50 anos do Morumbi.
Outra alternativa era um jogo contra o Flamengo, em que até a famosa Taça das Bolinhas, objeto de disputa entre os maiores vencedores do Brasileirão, apareceria. Porém, o calendário apertado deve deixar as comemorações somente para o início do próximo ano.
Árvore foi ‘ícone’ da construção
Cada vez mais restrito ao seu dono, o São Paulo, o Morumbi nasceu com a pretensão de unir todo o futebol do estado. A plantação de um jequitibá (árvore de tronco de grandes dimensões) foi uma das maiores solenidades da fase de construção do estádio são-paulino.
A festa ocorreu em 25 de janeiro de 1956. Como ato simbólico, o então presidente Cícero Pompeu de Toledo (que daria nome ao estádio) usou um quilo de terra de cada cidade do interior. A intenção era de que o apelido do estádio fosse Paulistão nome do carnê criado para angariar fundos durante a conclusão da obra, na década de 60.
Hoje, no lugar do jequitibá (derrubado) está o edifício-garagem do estádio.
Fonte: Lancenet