No que depender da Polícia Militar, os flanelinhas que atuam no entorno do Estádio do Morumbi estão com os dias contados. No domingo, durante o jogo entre Santos e Guarani, 70 guardadores de carro foram detidos por PMs do 16º Batalhão e levados à delegacia para averiguação. Catorze deles já tinham antecedentes criminais, porém, como não havia queixa e nenhum era procurado pela Justiça, todos foram liberados.
Simultaneamente, outros 15 foram detidos por policiais da 1ª Delegacia de Crimes Contra o Consumidor com base no artigo 47 da Lei de Contravenções Penais, que trata do exercício ilegal da profissão. “A lei federal determina que, para trabalhar como guardador, eles precisam de registro no Ministério do Trabalho. Com isso, conseguimos fazer com que 12 deles assinassem termo circunstanciado para se apresentar diante do juiz”, afirma o delegado Renato Ferreira, que promete fazer outras operações semelhantes para coibir esse prática abusiva contra o consumidor. “Onde já se viu isso? Eles cobram mais do que estacionamento legalizado para ‘deixar’ as pessoas pararem o carro na rua”, observa o delegado, que mobilizou 25 policiais na operação.
DENUNCIAR/ O comandante do 16 Batalhão, tenente-coronel Ulisses Puosso, afirma que para a operação da PM ter sucesso é preciso a colaboração da população. “Se a pessoa não denunciar, indiretamente ela acaba contribuindo com a impunidade dos guardadores”, observa.
Puosso entende o fato de ninguém querer denunciar porque afinal quem vai ao estádio quer assistir ao jogo. Ele alerta que coagir uma pessoa a pagar um valor abusivo para não ter seu carro furtado ou riscado é crime de extorsão e se o criminoso não for punido ele continuará a agir.
A PM vem fazendo operações frequentes no entorno do bairro do Morumbi desde o show Lollapalooza e deteve 188 flanelinhas, dos quais 34 com antecedentes. “Só existe duas maneira de o flanelinha ficar preso. Por flagrante de extorsão ou se estiver procurado”, afirma o oficial.
Fonte: Rede Bom Dia