Seis ladrões de cargas são investigados por envolvimento com uma quadrilha que assalta casas e condomínios na região do bairro Morumbi, zona sul de São Paulo. A Polícia Civil acredita que o bando, preso ontem durante uma operação do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) no Butantã, zona oeste de SP, havia sido recrutado por Emerson Rodrigo Rezende dos Santos, de 27 anos, o Dudu, assaltante que tortura as vítimas durante os roubos de residências. Os ladrões de carga fizeram contatos por telefone com Dudu no começo deste mês.
Segundo o delegado Eduardo Gobetti, titular da 3.ª Delegacia de Repressão a Estelionato do Deic, a quadrilha de ladrões de cargas era monitorada há um mês. “Estamos apurando a participação dessa quadrilha nos assaltos praticados pelo Dudu. Vamos chamar vítimas de roubos de condomínios para ver se elas identificam esses assaltantes”, disse Gobetti. Dudu é procurado pela polícia por 11 roubos de casas e por um arrastão em um condomínio ocorridos neste ano no Morumbi.
“Certamente eles poderiam dar apoio nesse tipo de crime, pois além de fuzis, apreendemos pés de cabra com o bando, material usado para arrombar portas de imóveis”, afirmou o delegado.
A Polícia Civil prendeu o grupo em um estacionamento na Rodovia Raposo Tavares, no final da manhã de ontem. “Eles estavam reunidos no local planejando o próximo roubo de carga”, disse Gobetti. Com o bando foi apreendido um bilhete que trazia a relação de cinco caminhões, com as respectivas placas dos veículos e o tipo de carga que carregavam. “Eles tinham preferência por carga de eletroeletrônicos”, afirmou o delegado.
Quatro investigadores entraram no estacionamento após seguir um dos carros do bando, um Honda City prata. Eles abordaram os ocupantes do veículo, mas os criminosos tentaram reagir. Os policiais atiraram e os ladrões se renderam. Os comparsas que já estavam no estacionamento não tiveram tempo de pegar as armas que estavam em outros dois carros: quatro fuzis calibre 223, dois deles com mira telescópica, e duas pistolas, uma calibre 380 e uma 9mm. Oito coletes à prova de balas foram apreendidos.
Fonte: O Estado de S. Paulo