Tanto o São Paulo quanto seus fãs usam como argumento para o baixo público do Morumbi (embora crescente nos últimos anos pela sequência de títulos) a distância do estádio para bairros periféricos e a ausência de transporte público de qualidade. Por isso, ainda abatido com a derrota política do Mundial–14, o Tricolor comemora a Linha 17 do metrô como um gol histórico para o local.
O projeto fará com que 230 mil pessoas (estimativa atual) circulem por dia no trajeto que passará em frente ao estádio e terminará na estação São Paulo-Morumbi da Linha 4. A novidade significa maior exposição ao público e, na avaliação do clube, maior interesse de parceiras privadas em investir na modernização.
Após o veto oficial da CBF para a Copa, o Morumbi segue um canteiro de obras.
O anel inferior ganha camarotes a rodo, além de restaurantes (dois de cozinha japonesa estão em fase adiantada) e empreendimentos como academia e escola de inglês.
Os assentos são elevados para melhorar a visibilidade do público no setor. Mas grandes transformações ainda dependem de acordos.
É o caso da cobertura, quase uma questão de honra diante dos projetos dos maiores rivais, Corinthians e Palmeiras, de ter novas arenas. Sem auxílio do Bando Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o São Paulo tenta baratear o artefato, orçado em torno de R$ 80 milhões. Da obra de R$ 250 milhões, que está nos planos, a Visa, parceira, banca aproximadamente um terço.
Se a Copa não será um chamariz de investidores, o edital de licitação da Linha 17, lançado ontem, pode se tornar o substituto. O Morumbi poderá não receber o desafeto Jérôme Valcke, mas sonha em se tornar um palco acessível a todos os torcedores. Ou melhor, a todos os são-paulinos.
Fonte: SPNet
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